(Dulce)
Dulce- bem ,deixam-nos sempre sozinhos.
Fábio- pode ser o destino.- Aproximou-se
Dulce- pois. – dei um passo
atras- o destino chama-me.
Fábio-Espera!- foi ter comigo e começamos a andar.- Ao menos
dá-me o teu numero, já que fiquei tantas vezes com o teu telemóvel, posso vir a
ser o teu anjo da guarda e precisares do meu numero.
Dulce- já ouvi desculpas melhores.- gozei e logo de seguida
dei-lhe o numero.
Fábio- mas tens mesmo de ir ,já?- Olhou para trás e voltou a
olhar para mim.- A Patricia ainda nem veio.
Dulce- eu vou andando para o carro a espera.
Fábio- Tu é que sabes…- vi-o um bocado triste.- A noite
posso ligar-te?
Dulce- claro. -Sorri dei-lhe um beijo na cara e fui para o
carro, sentia-o de olhos postos em mim e por muito estranho que pareça eu ate
gostava.
(Nolito)
Eu sabia que ela queria tanto aquele beijo como eu, sentia
que ambos os lábios suplicavam por aquele beijo, não resisti mais e beijei-a,
num momento estávamos só os dois noutro momento já só eramos um. Eu senti que
ela estava a gostar, mas ele empurrou-me e deu-me uma chapada.
Patricia- nunca mais voltes a fazer isso!
Nolito- Tas bem ou que?!- Levei a mão a cara.
Patricia- és um nojento!- começou a berrar.- Só queres as
miúdas para usa-las e depois deita-las fora! Eu não sou dessas!
Nolito- tanto quanto sei, tu não paras-te o beijo! Ate
pediste por ele!
Patricia- eu fiquei calada!
Nolito- primeiro quem cala consente! Segundo eu vi nos teus
olhos! Queriam tanto aquele beijo quanto eu!
Patricia-não sejas mentiroso! Só quem ama de verdade é que
sabe “ler” os olhos!
Nesse momento calamo-nos os dois,*pum!* caiu a moeda sobre
os dois!
Patricia- eu vou embora…- disse meio atarantada.
Nolito- espera! – decidi baixar o tom de voz.- eu sei que
percebeste o que se passou, eu sei que ambos interpretamos aquela frase da
mesma forma,
Patricia- não sei do que estas a falar, vou-me embora, estou
farta desta conversa, vais encontrar alguem que te vai mudar. – Piscou-me o
olho e foi embora.
Nolito- essa pessoa já apareceu e já me mudou…- falei sozinho.
(Dulce)
Vi a Patrica a vir bastante perturbada para ao pé de mim.
Dulce-o que…?- Interrompeu-me.
Patricia- não quero falar sobre isso.- Entramos no carro e
fomos para casa.
O resto do caminho foi feito em silencio tal como o resto do
dia, ficamos ambas em cada quarto sem querermos falar com ninguém. Foi um dia horrível.
